quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Educação - a algo pra se discutir?

Sou professor da rede pública de ensino de São Paulo (nenhuma grandiosidade por conta disso). Sempre escuto pelos corredores das escolas, ou nas reuniões pedagógicas (os chamados ATPC - verdade, não sei o significado dessa sigla. Olha como presto atenção nessas reuniões), ou na boa mesa de bar, milhares de reclamações sobre o atual sistema educacional.
                Que ele está falido. Ou que é muito conteudista. Que a figura do professor não tem mais autoridade. E tem aquela constatação que o estado não valoriza nem os profissionais, nem os/as estudantes. E a velha ladainha de que a Escola não é atrativa.
                Entre reclamações, choros, angústias e lamentações algo é comum: o sistema de ensino e/ou a escola já não mais se encaixam na sociedade em que vivemos.
               
                Gostaria de dar alguns pitacos:

I - Sim, a escola tal como está é falida! Não serve!

II - É necessária melhor compreensão do que de fato representa o ensino hoje. E quem são as pessoas, isso mesmo PESSOAS, não clientelas, nem marginais, piranhas, delinquentes, futuro bandido, é necessário saber quem são os seres humanos envolvidos em todo esse processo. Como posso me relacionar com alguém que não conheço?

III - Faz-se urgir propostas mudanças de relações entre as pessoas que sejam cotidianas. Não apenas papel e projetos. Mas, vivências pedago-socioculturais!

IV - Por fim, os espaços de saberes são mais amplos que quatro paredes de uma sala de aula. A sabedoria popular tem que vir a tona com seus próprios caminhos e didáticas.


Esse é o post introdutório de diversos debates que gostaria de lançar para a discussão de educação. Para os/as que ficaram indignados/as com as questões levantadas e não respondidas ou, decentemente, argumentadas, não se preocupe. Nos próximos post's tentarei devanear sobre tais assuntos.

Devemos mais do que nunca debater tal assunto. Diariamente milhares de crianças e adolescentes, homens e mulheres, passam por tal ambiente que influenciam diretamente suas existências. Coloquemos nossas opiniões a mostra, ousemos mostrar nossas sabores e dissabores, mas nunca deixemos de sonhar com outra forma de vivenciar nossas aprendizagens.

2 comentários:

  1. Concordo em gênero, classe e número.
    Vamos continuar os devaneios, e em breve gostaria de lhe encontrar num bar para anotarmos algumas coisas.
    Valeu!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vamos sim Rodolfo. Vamos produzir novos devaneios coletivos.

      Excluir